Sunday, April 24, 2011

A tecnologia: uma invenção do passado



A tecnologia, uma invenção do passado, que acompanha o homem desde sempre, vem demarcando a sua presença e provocando efeitos profundos na humanidade. Desde a descoberta de tecnologias como o fogo, a escrita, a imprensa, o telefone ou o computador que todas estas evoluções ou revoluções tecnológicas vêm operando no seio da sociedade. O homem tem sempre dependido das tecnologias e hoje mais do que nunca elas integram o seu quotidiano, contribuindo para o desenvolvimento da civilização e qualidade de vida das pessoas. Por influência das tecnologias temos assistido a alterações em vários domínios das nossas vivências, no trabalho, no lazer, na saúde e, em especial, na educação. A comunicação via computador ou telemóvel está-se a estender a todas as camadas da sociedade, em particular, às gerações mais novas, a uma velocidade incrível, afectando o seu quotidiano. As tecnologias digitais, caracterizadoras da sociedade contemporânea, apresentam um enorme potencial na construção de identidades e culturas, permitindo comunicar em qualquer lugar e em mobilidade.
O conceito de mobilidade, tanto na história como na educação, não é novo. Actualmente, assistimos a uma grande mobilidade das pessoas, dos objectos, da informação e do conhecimento. Desde os anos 90, do século passado, que se assiste à diversidade, mobilidade e portabilidade das tecnologias, marcadas pelo multimédia offline e online (Rieffel, 2003). Começou uma nova era e uma remodelação da sociedade marcada pela mobilidade e ubiquidade que as tecnologias emergentes proporcionam. Os avanços das tecnologias móveis reflectem-se no aumento de utilização destas tecnologias em diferentes sectores da sociedade, incluindo o educativo. Como refere Wagner (2005) a revolução móvel já chegou, com evidência na penetração de telemóveis, PDAs, Tablets PC e consolas de jogos em todos os estratos sociais da sociedade, cada vez mais conectadas e em permanente comunicação.

Saturday, April 23, 2011

Aprendizagem num contexto de mobilidade


Com o desenvolvimento e proliferação de novas tecnologias, muita investigação tem sido realizada nos últimos tempos, sobre como as pessoas usam as inovações tecnológicas. Em virtude da evolução das tecnologias móveis, surgiu uma preocupação na investigação para explorar a forma como estas tecnologias podem ser melhor utilizadas como ferramentas de aprendizagem (Kukulska-Hulme, 2009; Sharples, 2005) e como o seu desenvolvimento e utilização têm sido moldados por factores sociais e culturais (Harper, 2002; Waycott, 2004).
Alguns autores sugerem que as tecnologias móveis transformarão a educação nos próximos tempos (Soloway et al., 2001). Mas para que estas tecnologias possam ser utilizadas eficazmente é preciso compreender: i) como os alunos utilizam as tecnologias que guardam nos bolsos; ii) como se sentem relativamente a essas tecnologias; iii) as possibilidades e limitações que apresentam e iv) como estas tecnologias alteram o local de aprendizagem e as actividades que suportam.
O telemóvel tem provocado novas formas de interacção social e diminuição das barreiras espaciais. O facto de podermos estar contactáveis a qualquer hora e lugar, veio alterar a sociedade e configurar as nossas relações sociais. Por este motivo, este dispositivo tem sido estudado quer como tecnologia, quer como artefacto social (Kukulska-Hulme & Traxler 2005; Naismith et al. 2004; Nix, 2008; Sharples, 2006; Waycott, 2004). Uma experiência realizada no Reino Unido (Attewell, 2005) apresenta o telemóvel como um meio eficaz para formar jovens, em particular os que encontram dificuldades sociais. A profusão das tecnologias móveis e a sua aceitação pelos estudantes, pode abrir novas perspectivas pedagógicas. O telemóvel apresenta, graças à sua omnipresença, a vantagem de oferecer o que Metcalf (2002) designa por “Stolen moments for learning”, enquanto se viaja de autocarro ou comboio, se aguarda no consultório ou se espera na paragem.
A aprendizagem num contexto de mobilidade, interessa-se pela conectividade contínua dos aprendentes com o seu ambiente de aprendizagem (Alexander, 2004), no entanto, esta conectividade pode nem sempre ser conveniente, pela interferência inoportuna em certos momentos do dia. Isto levanta a questão do significado do que é estar online e offline.
Com o desenvolvimento das tecnologias móveis, surge o conceito de mobile learning, um eixo de investigação importante no domínio dos ambientes informáticos para a aprendizagem humana (McLean, 2003). Laouris e Eteokleous (2005) consideram haver necessidade de uma definição de m-learning educacionalmente relevante. Para estes autores é preciso que essa definição seja “in both a systematic and a systemic way” e explicam:
“The requirement “systematic” will translate into considering each term (“mobile”, “learning”) in isolation as well as in concert (i.e., “mobile learning”). The requirement “systemic” will translate into considering the whole environment in which mobile learning unfolds, i.e., the inter-relations and interactions between technology, the learning environment, the philosophy, the pedagogy” (Laouris & Eteokleous, 2005, p. 2).
São vários os estudos realizados na última década sobre experiências de m-learning em contexto formal e informal que reportam resultados positivos, bem como a aceitação das tecnologias móveis por parte dos alunos (Attewell, 2005; Cavus & Ibrahim, 2009; Kukulska-Hulme, 2009; Sharples, 2006; Song, 2008; Yousuf, 2007; Waycott, 2004). Todavia, as limitações dos dispositivos móveis têm condicionado a sua adopção generalizada, que se prendem com o tamanho pequeno do ecrã e do teclado, o desempenho limitado em termos de capacidade do processador, a memória disponível, o espaço de armazenamento e o tempo de bateria. Quando possuem ligação à Internet a conexão é lenta e a maioria das páginas Web não está redimensionada para ser vista em ecrãs pequenos, para além da existência de poucos conteúdos de aprendizagem para m-learning. Também os múltiplos standards, tamanhos de ecrã e sistemas operativos mobile constituem alguns desafios técnicos a ultrapassar. Poder-se-á dizer que as limitações são uma combinação de desafios técnicos e de educação. Porém, algumas dessas desvantagens podem desaparecer à medida que a tecnologia melhora.
As previsões apontam para a continuidade da evolução das tecnologias móveis. Segundo especialistas da Gartner, em 2013, haverá mais smartphones a aceder à Internet do que PCs. O relatório de previsões e tendências desta empresa calcula que mesmo depois desta data os smartphones e outros dispositivos móveis (Ultraportátil, Tablet PC, PDA, etc.) com acesso à Internet continuarão em ascensão.
Deste ponto de vista, à entrada da segunda década do século XXI é fundamental uma nova perspectiva de actuação na sala de aula, bem como políticas educativas consentâneas com as exigências da sociedade do conhecimento e da era digital. Há necessidade de repensar a educação na era da tecnologia móvel, porque o mundo educativo está a passar por uma grande transformação, como resultado da revolução digital, como referem Collins & Halverson (2009). Para estes autores, esta transformação é semelhante à transição da era da aprendizagem para a escolarização universal, ocorrida no século XIX, como consequência da revolução industrial. A escolarização levou as pessoas a identificar a aprendizagem com a escola, porém esta identificação está-se a diluir, muito por causa da evolução tecnológica ocorrida. No entanto, em algumas situações parece que vamos mudando mais os equipamentos do que muitos dos procedimentos.

Friday, April 22, 2011

QR Code - uma tecnologia da era móvel


O QR Code (Quick Responde Code) ou Código de Barras em 2D, é uma matriz criada pela empresa japonesa Denso-Wave, em 1994. O código pode ser interpretado rapidamente mesmo com imagens de baixa resolução, das câmaras digitais em formato VGA, como as dos telemóveis.
Inicialmente foi usado para catalogação variada, gestão de inventários numa grande variedade de indústrias, revistas, propagandas, entre outras possibilidades. Desde 2003 que se estão a desenvolver aplicações para ajudar os utilizadores a adicionar dados nos telemóveis. Alguns dos modelos de telemóvel mais recentes trazem já esta tecnologia, os mais antigos deverão instalá-la. Os sites Kaywa Reader, i-nigma, Omarabid permitem descarregar para o telemóvel o software necessário, permitindo fazê-lo de várias formas: por SMS, diretamente para o telemóvel, ou descarregando-o para o PC. O site Kaywa Reader informa sobre os modelos de telemóvel em que é possível usar o programa.
Estamos a viver o fenómeno da Mobile Tagging e na Era da Inteligência Distribuída. O Mobile Tagging está relacionado com a popularização dos telemóveis. É uma prática de escrita destinada à leitura que se realiza em trânsito, baseada em códigos de barras bi-dimensional – QR Code interpretado pela câmara do telemóvel, depois de instalado um leitor de QR Codes no dispositivo. Basta passar o ecrã do telemóvel pelo código que rapidamente é interpretada a informação nele contida.
Como usar o QR Code para aprender?
Os resultados de alguns estudos na Universidade de Bath, Gloucestershire, Leicester e Sheffield revelam que os alunos estão mais conscientes dos QR Codes. Consideram que o acesso à informação através do QR Code é mais atraente em comparação com a entrada manual da informação no telemóvel. Mostraram-se pouco interessados em gastar o seu dinheiro em acesso a materiais de aprendizagem nos seus telemóveis, preferindo aceder a ela através do computador, por isso, o QR Code é valorizado por não trazer custos.
Esta tecnologia pode ter várias aplicações, por exemplo, num museu, onde é possível colocar através de um QR Code o URL da obra para que o visitante rapidamente aceda à informação disponível na Web sobre o quadro. Qualquer biblioteca escolar pode beneficiar desta tecnologia e entrar na era da mobilidade digital. O QR Code pode servir para apresentar informação sobre as obras em cada estante, a localização de obras recentes, resumo do livro do mês, etc.
A escola pode também usufruir desta tecnologia e organizar um Peddy-paper ou Caça ao Tesouro usando o QR Code para dar orientação aos participantes. Os professores podem usá-la com informação variada para os alunos armazenarem nos seus dispositivos móveis: links para websites, resumos, sínteses, feedback do trabalho realizado, objectivos para os testes, datas, etc.

Como funciona o QR Code?

QR Codes - Geografias Celulares

Fix the School Not the Child

Wednesday, April 20, 2011

Telemóveis na vanguarda das tendências da tecnologia educacional



Segundo o New Media Consortium’s 2010 K12 Horizon Report, os telemóveis estão na vanguarda das tendências da tecnologia educacional.
"The mobile market today has more than 4 billion subscribers…. The global network supporting mobile devices of all kinds now covers more territory than the electrical grid. A massive and increasing number of people all over the world own and use computers that fit in their hand and are able to connect to the network wirelessly from virtually anywhere. Tens of thousands of applications designed to support a wide variety of tasks on a host of mobile devices and platforms are readily available, with more entering the market all the time. These mobile computing tools have become accepted aids in daily life for everything from business to personal productivity to social networking. The range and number of educational applications for mobiles are growing at a rapid pace, yet their use in schools is limited — more often constrained by policy than by the capabilities of the devices they run on."

Mobile learning: Not just laptops any more


New advances in mobile technology could help schools realize the promise of true anytime, anywhere learning
By Jennifer Nastu, Contributing Editor
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The York County School Division also allows students to bring in their own devices and use them for instructional purposes. Recently, a middle school forensics science teacher had students taking photos of mock crime scenes using their cell phones. Students sent the photos to the teacher, who displayed them on a screen in the classroom for use in analyzing the crime scenes. When a student doesn’t have a device, he or she simply works with a student who does.
At this point in time, at the high school level, a very high percentage of students do have their own mobile devices, says Schad.
Additionally, Project Tomorrow’s Speak Up survey indicated that 67 percent of parents said they would be willing to provide their child with a smart phone if the school allowed it to be used for education. That number was pretty stable across urban and rural districts, says Julie Evans, CEO of Project Tomorrow.
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Tuesday, April 19, 2011

Mobimooc Week 2 - Planning mLearning

Learning anywhere, anytime through a laptop: a pilot study in a secondary school

Mobile Learning: SMS in educational contexts

Monday, April 18, 2011

Alunos digitais e os seus dispositivos



Prensky (2001a) chama a atenção para a realidade dos alunos de hoje e as suas diferenças relativamente às gerações passadas, devido à profusão das tecnologias digitais no final do século passado.
As actuais gerações de estudantes (Geração Net) passam mais tempo a utilizar o computador, a jogar on-line, muitas vezes com outros jogadores (Lenhart et al., 2008), a usar a Internet e a criar conteúdos que outros podem ver (Lenhart et al., 2007), a enviar e-mails, a ouvir música através do telemóvel e a ver televisão, como jamais aconteceu. A tecnologia faz parte do dia-a-dia das gerações mais novas que estão familiarizadas com diferentes tipos de ecrãs que é preciso levar em conta e potenciar também na escola.
Muitos pais e professores não vêem com bons olhos o facto dos jovens estudarem a ouvir música, preferirem uma pesquisa rápida na Internet a uma investigação na biblioteca, não estarem motivados por palestras, não gostarem de ler em papel e realizarem muitas tarefas ao mesmo tempo. Todavia para Prensky (2001a), a rapidez em receber informação, processamento paralelo e tarefas múltiplas são marcas desta geração: “Digital Natives are used to receiving information really fast. They like to parallel process and multi-task” (p. 2).
As tecnologias móveis estão a moldar a vida de muitos adolescentes e jovens em todo o mundo. Isto porque, como mencionam Hayes e Kuchinskas (2003), os telemóveis oferecem reais vantagens como dispositivos wireless de dados. Primeiro, porque são relativamente baratos e altamente portáteis. Segundo, porque os utilizadores estão familiarizados com as suas operações básicas o que leva a reduzir a necessidade de formação para a sua utilização.
Mark Prensky foi um dos primeiros a propor o uso do telemóvel na sala de aula. Através do texto “But the screen is Too Small…” (Prensky, 2003), este autor desmistifica a questão do reduzido tamanho do ecrã do telemóvel, considerando que esta limitação não constitui problema para alguns nativos digitais que usam regularmente tecnologias com pequenos ecrãs quando jogam através de dispositivos de jogos vídeo. No texto “What Can You Learn From A Cell Phone? Almost Anything” (Prensky, 2004), ressalta o potencial do telemóvel para promover a aprendizagem. Nele alerta para o facto de milhões de pessoas andarem com um computador nos bolsos, sem se darem conta disso, porque lhe chamam algo diferente. E pergunta: “How to use the 1.5 billion computers already in our students’ and trainees’ pockets to increase learning at home and around the world” (Prensky, 2004, p. 1)? Este e outros estudos em todo o mundo procuram responder a esta questão.

O futuro da Internet Móvel: Tecnologia 4G



A evolução da indústria sem fios procura aproveitar o potencial de novas tendências. A China apresentou, em 2007, o primeiro standard 4G do mundo, segundo o China Daily . Com uma rede 4G é possível suportar maiores quantidades de dados e abrir caminho para uma utilização intensiva de conteúdos multimédia, permitindo comunicações bi-direccionais a velocidade elevada. Como destaca Wagner (2005), a rede 4G terá alta velocidade de acesso móvel sem fios com velocidade muito alta de transmissão de dados. Esta tecnologia:
“also addresses the notion of pervasive networks, an entirely hypothetical concept in which the user can be simultaneously connected to several wireless access technologies and can seamlessly move between them” (p. 46).
O termo 4G (4ª Geração) tem sido usado para descrever duas tecnologias, o WiMAX e o LTE. Mas a revolução do 4G tem a ver com a passagem para o próximo nível da comunicação e Internet móvel. Prevê-se que as redes 4G recorrerão às tecnologias sem fios WiMAX . Esta tecnologia está a ser utilizada já em cidades americanas e europeias. Com o advento de novas infra-estruturas móveis fornecendo maior largura de banda e constante conexão à rede “anywhere, everywhere”, fará com que se transforme a forma como as pessoas usam os recursos informativos. Com redes 4G é possível aceder à Internet em movimento, com aumento de velocidades e ampliando os horizontes tecnológicos.
O WiMAX Forum prevê que em 2013 haja 133 milhões de utilizadores da tecnologia WiMAX, que apresentará menores custos para a Internet móvel. No entanto, esta tecnologia ainda não está a desenvolver-se como era esperado e parece vir a ser absorvida pela LTE (Long Term Evolution). A Motorola já anunciou o lançamento da sua plataforma de banda larga sem fios, compatível com pontos de acesso WiMAX e LTE . A tendência parece ser para a convergência destas duas tecnologias.
A Nokia anunciou estar a realizar testes com modems 4G. O aparelho Internet Modem RD-3 é baseado na tecnologia LTE, que será a próxima geração de redes de banda larga móvel. Segundo a empresa finlandesa, o RD-3 é compatível com redes já existentes, como GSM/EDGE (2G) e WCDMA/HSPA (3G), funcionando nas diversas frequências usadas pelas redes de telecomunicações. O padrão LTE aponta para aumento de velocidades de download. A entrada de serviços televisivos mostra o exponencial evolutivo destas tecnologias, cuja evolução está condicionada à amplitude de banda e velocidade.
As tecnologias sem fios irão futuramente dominar a experiência do utilizador e permitir maior mobilidade, flexibilidade e ubiquidade (Prensky, 2004; Sharples et al., 2008; Twiss, 2008).

Thursday, April 14, 2011

Mobile media in the Asia Pacific: gender and the art of being mobile

Por Larissa Hjorth (2009)

Desenvolvimentos tecnológicos: Banda Larga Móvel



A utilização da banda larga em Portugal tem vindo a crescer. Segundo dados de 2009, apresentados pela ANACOM , são 2,69 milhões de utilizadores com acessos à Internet em banda larga móvel, superando os 1,73 milhões de utilizadores com acessos à Internet fixos. Segundo o relatório anual da Comissão Europeia , Portugal apresenta a segunda maior taxa de penetração (16,1%) de banda larga móvel da União Europeia, apenas superada pela Finlândia (17%).
A banda larga móvel abre grandes possibilidades à Internet mobile, no entanto, um estudo da Berg Insight revela que as redes europeias estão sem capacidade técnica para suportar o crescimento de utilizadores 3G e o aumento da largura de banda necessário para o lançamento de novos serviços e funcionalidades . Os dados do estudo revelam que em 2007, 8,4 milhões de europeus acederam às redes 3G através de telemóveis ou computadores portáteis. Este mesmo estudo prevê que em 2013 sejam 49 milhões os europeus conectados a redes 3G europeias.
Com os avanços da tecnologia de banda larga há cada vez mais serviços multimédia a surgir e os telemóveis vão transformar-se em aparelhos para todo o serviço (Séneca, 2008). Hoje já é possível navegar na Internet, consultar o e-mail, comprar um bilhete de cinema, ver TV e os pagamentos através de telemóveis tornar-se-ão em breve vulgares. São já muitas as ferramentas Web 2.0 com versão móvel. Dois exemplos, são as aplicações de produtividade Google e Zoho que estão a apostar na mobilidade e apresentam algumas das suas ferramentas em versão mobile. Assiste-se a uma cada vez maior expansão da Web 2.0 à Web móvel 2.0. A tecnologia Wirenode permite criar a versão móvel de websites e o portal Mobile Study oferece a possibilidade de criar exercícios de tipo quiz para poderem ser resolvidos na Web ou através de um telemóvel. No entanto, o desenvolvimento de software para dispositivos móveis deve levar em conta as especificidades destes aparelhos e as suas limitações. Depois da Internet será a vez da televisão interactiva. O mercado dos eBooks também está a transferir-se para os ecrãs do telemóvel. Segundo Helft (2009) tanto a Google como a Amazon estão a apostar na leitura de livros no ecrã do telemóvel.

Wednesday, April 13, 2011

Mobile Learning: Using SMS in Educational Contexts

Abstract
The Short Message Service (SMS) technology is one of the most powerful mobile technologies in current usage. Most students own a mobile phone with free SMS which can be used for learning. In this paper we explain how we used SMS for teaching and learning languages (both native and foreign). The conducted experiment presented a range of opportunities for integrating text into teaching and learning strategies and for demystifying the use of SMS in educational contexts. Via SMS technology we can deliver several learning activities to students easily and immediately. The research findings showed that students had positive perceptions about the experiment and SMS use for learning improvement and the use of their own mobile phone as a learning tool. All groups showed interest in receiving educational content via SMS. Some students greatly improved their language learning performance.

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U-learning: aprendizagem ubíqua

Monday, April 11, 2011

Quebrar paradigmas


As pessoas estão a aprender com a ajuda das tecnologias. Os jovens jogam, navegam na Internet, colaboram em redes sociais, lêem jornais on-line ou consultam a Wikipédia e interagem com simulações desafiadoras. As tecnologias estão a criar oportunidades de aprendizagem que desafiam as instituições educativas tradicionais. Novos nichos de aprendizagem permitem às pessoas de todas as idades continuar a aprender à sua maneira e de acordo com a disponibilidade.

As pessoas em todo o mundo estão a prosseguir a sua educação dentro e fora da escola, em casa, em bibliotecas, cybercafés e local de trabalho onde podem decidir o que querem aprender, quando e como querem aprender. Tim Berners-Lee, co-criador da World Wide Web (WWW) previu, em 2007, que, no futuro, a Web vai parecer que está em todo o lado. Não apenas nos computadores fixos ou portáteis, mas também nos dispositivos móveis.
Hoje, assiste-se a um maior acesso à Internet através de dispositivos móveis como o Blackberry, o iPhone ou o iPad. Estas tecnologias parecem suprimir as limitações da aprendizagem confinada à sala de aula, oferecendo acesso a materiais de ensino e de aprendizagem indiferentemente do local e do tempo. Elas permitem ampliar as fronteiras da escola e diluir as paredes da sala de aula.
Expressões como “Sociedade das Comunicações Móveis” (Castells, 2004), “Cultura do Telemóvel” (Goggin, 2006), “Thumb Culture” (Glotz et al., 2005), “Mobile Age” (Sharples et al., 2005) aludem ao aparecimento de um novo paradigma social que as tecnologias móveis vieram trazer ao quotidiano. Estas tecnologias emergentes estão a transformar os hábitos das pessoas, a forma como se trabalha, se ensina e se aprende.

Com a evolução das tecnologias móveis está-se a configurar um novo “paradigma” educacional denominado mobile learning ou m-learning. A diversidade de dispositivos móveis disponíveis no mercado, bem como o aumento do número de trabalhadores móveis leva a que a questão da mobilidade seja um assunto que tem requerido a atenção da comunidade académica internacional (Alexander, 2004; Bowker, 2000; Kukulska-Hulme & Traxler 2005; Kukulska-Hulme, 2009; Prensky, 2001a, 2005; Sharples, 2000, 2005, 2006; Ryu & Parsons, 2009; Traxler, 2005, 2007; Trifonova, 2003; Vavoula et al., 2009). Discute-se hoje o conceito de m-learning, aqui definido como o processo de aprendizagem que ocorre apoiado pelo uso de dispositivos móveis, tendo como característica fundamental a portabilidade dos dispositivos e a mobilidade dos sujeitos, que podem estar física e geograficamente distantes uns dos outros ou em espaços físicos formais de educação, como a sala de aula. Nesta tese, m-learning refere-se ao uso de dispositivos móveis, particularmente o telemóvel, dentro e fora da sala de aula, por alunos do ensino secundário com propósitos de aprendizagem formal.
O m-learning aproveita as potencialidades de dispositivos móveis (telemóvel, PDA, PSP, Pocket PC, Tablet PC, Netbook) usufruindo de oportunidades de aprendizagem através de diferentes contextos e tempos.
As características destes dispositivos permitem a construção do conhecimento em qualquer espaço e o acesso à informação just-in-time. As vantagens deste “paradigma” educacional assentam em diferentes pressupostos (Attewell, 2005; Attewell & Webster, 2004; Sharples 2006):
i) Na possibilidade de interacção (professor-aluno-aluno);
ii) Na portabilidade, pois o telemóvel é mais leve do que um PC e permite ao utilizador tirar notas ou recolher dados no local, directamente, para o dispositivo, em texto, imagem, vídeo ou voz;
iii) Na colaboração, ao permitir que vários alunos possam trabalhar em conjunto numa tarefa mesmo estando em locais distantes;
iv) Na promoção do empenho dos aprendentes, dada a “adoração” que as novas gerações têm por dispositivos móveis, em particular o telemóvel;
v) No aumento da motivação, na medida em que o sentido de propriedade dos dispositivos móveis parece aumentar o compromisso de o usar e aprender através dele;
vi) Na promoção da aprendizagem na hora (just-in-time learning) ao aumentar o desempenho de trabalho e de aprendizagem e a relevância para o aprendente;
vii) Na melhoria da autonomia ao favorecer aos aprendentes mais autonomia e flexibilidade especialmente na aprendizagem a distância.
Partilhamos a posição de Teresa Almeida d’Eça (2004) ao considerar que a introdução de uma nova ferramenta enriquece diferentes vertentes do processo de aprendizagem. O seu potencial é ainda maior quando se trata da aprendizagem de línguas, já que contribui para o desenvolvimento de algumas ou até de, todas as competências básicas, ao permitir interacções na vida quotidiana e situações autênticas de aprendizagem em geral. Quer o texto, a imagem ou vídeo, quer a voz, são recursos que aumentam a aprendizagem e o telemóvel permite usá-los. Este aparelho, foi entre os dispositivos móveis, o mais rapidamente adoptado pelas gerações mais jovens em todo o mundo (Twiss, 2009) e o seu uso em contexto educativo não deve ser desaproveitado.

My mobile learning tips