Monday, April 18, 2011
Alunos digitais e os seus dispositivos
Prensky (2001a) chama a atenção para a realidade dos alunos de hoje e as suas diferenças relativamente às gerações passadas, devido à profusão das tecnologias digitais no final do século passado.
As actuais gerações de estudantes (Geração Net) passam mais tempo a utilizar o computador, a jogar on-line, muitas vezes com outros jogadores (Lenhart et al., 2008), a usar a Internet e a criar conteúdos que outros podem ver (Lenhart et al., 2007), a enviar e-mails, a ouvir música através do telemóvel e a ver televisão, como jamais aconteceu. A tecnologia faz parte do dia-a-dia das gerações mais novas que estão familiarizadas com diferentes tipos de ecrãs que é preciso levar em conta e potenciar também na escola.
Muitos pais e professores não vêem com bons olhos o facto dos jovens estudarem a ouvir música, preferirem uma pesquisa rápida na Internet a uma investigação na biblioteca, não estarem motivados por palestras, não gostarem de ler em papel e realizarem muitas tarefas ao mesmo tempo. Todavia para Prensky (2001a), a rapidez em receber informação, processamento paralelo e tarefas múltiplas são marcas desta geração: “Digital Natives are used to receiving information really fast. They like to parallel process and multi-task” (p. 2).
As tecnologias móveis estão a moldar a vida de muitos adolescentes e jovens em todo o mundo. Isto porque, como mencionam Hayes e Kuchinskas (2003), os telemóveis oferecem reais vantagens como dispositivos wireless de dados. Primeiro, porque são relativamente baratos e altamente portáteis. Segundo, porque os utilizadores estão familiarizados com as suas operações básicas o que leva a reduzir a necessidade de formação para a sua utilização.
Mark Prensky foi um dos primeiros a propor o uso do telemóvel na sala de aula. Através do texto “But the screen is Too Small…” (Prensky, 2003), este autor desmistifica a questão do reduzido tamanho do ecrã do telemóvel, considerando que esta limitação não constitui problema para alguns nativos digitais que usam regularmente tecnologias com pequenos ecrãs quando jogam através de dispositivos de jogos vídeo. No texto “What Can You Learn From A Cell Phone? Almost Anything” (Prensky, 2004), ressalta o potencial do telemóvel para promover a aprendizagem. Nele alerta para o facto de milhões de pessoas andarem com um computador nos bolsos, sem se darem conta disso, porque lhe chamam algo diferente. E pergunta: “How to use the 1.5 billion computers already in our students’ and trainees’ pockets to increase learning at home and around the world” (Prensky, 2004, p. 1)? Este e outros estudos em todo o mundo procuram responder a esta questão.
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